Na verdade, as novas regras do Fies 2018 não vão ter nenhuma influencia nos contratos antigos dos estudos e entraram em vigor somente com a virada do ano. No entanto, o Governo Federal avalia uma forma de prover estímulos para que os estudantes realizem essa migração por conta própria.
De acordo com o portal de notícias da Record TV, o R7, a ideia é disponibilizar a diminuição na taxa de juros aos indivíduos vinculados ao atual Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) que trocarem o modelo antigo pelo Novo Fies.
Em contrapartida, teria maior eficácia no momento de cobrar as parcelas do empréstimo, uma vez que a nova versão possui desconto das mensalidades de modo automático no salário formal.
Juro real zero é o destaque das novas regras do Fies 2018
A principal forma de incentivo a essa alteração de sistema é o Juro Real Zero, adotado a partir das novas regras do Fies 2018. Na visão do Governo Federal, essa é uma alternativa essencial para que se possa evitar o colapso deste financiamento estudantil.
Segundo o jornal O Estado de São Paulo, o FIES se tornou um “peso para as contas públicas” devido a grande quantia de calote nas prestações. Hoje em dia, a iniciativa possui mais de 2 milhões de contratos em andamento, sendo que a metade, cerca de 1 milhões, não está com suas obrigações em dia.
Portanto, essa alteração seria vantajosa para todos os envolvidos. É importante pontuar que o estudante com contrato firmado arca atualmente com juro nominal de 6,5% por ano, o que poderia ser algo interessante em um período de inflação bastante alta.
Com os valores aumentando em média 3% a cada ano, porém, acaba se gerando um índice de juros real além dos 3% ao ano. Inserido entre as novas regras do Fies 2018, o juro zero real estabelece apenas a correção de valores dos contratos pela inflação.
Todavia, nenhum estudante será forçado a adotar as novas medidas e poderá analisar qual será a modalidade mais benéfica para a sua condição. Para o entendimento Governo Federal, o corte nos juros tende a gerar um ciclo virtuoso, ou seja, o aumento dos pagamentos em dias entre uma parcela maior de estudantes.
Novas regras do Fies 2018 a favor das empresas
Além disso, o Governo planeja estimular as empresas a entrarem no Fies para bancar a graduação de seus funcionários. Para isso, o Ministério do Trabalho tende a indicar ao Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador que o fundo empreste R$ 250 milhões no ano que vem para essa modalidade.
A fonte de renda bem mais econômica favoreceria uma taxa menor de juros, que o Ministério da Fazenda acredita que deve estar abaixo da taxa básica, a Selic.
No fim das contas, essas resoluções devem ser tomadas a partir de muita reflexão, pesquisa e avaliação do que é melhor para a empresa ou para o aluno. Qualquer dúvida, basta entrar no site do Fies sempre que desejar!